A inteligência artificial está sendo fundamental para modernizar os registros de imóveis. Muitos, centenários.
No município de Humaitá, no Amazonas, a história da casa própria não vai mais ser escrita à mão. Não deve deixar saudades a poeira que escapa dos documentos que registram os imóveis, alguns com mais de 100 anos.
Do papel para o computador: a câmera captura a matrícula da propriedade. Uma ferramenta de inteligência artificial extrai as informações sobre os proprietários e as características do imóvel para formar um banco de dados.
“É uma facilidade tanto para a gente para fazer as buscas quanto para o cliente que vai pegar o documento mais rápido”, afirma Railson Moraes de Souza, escrevente.
Até a década de 1970, os cartórios guardavam os registros de imóveis em grandes livros. A questão é que as informações de cada propriedade ficavam muito espalhadas por livros diferentes, porque uma mudança no imóvel, por exemplo, poderia ter demorado anos para acontecer e já estaria em outro livro.
O processo ficou mais simples quando os cartórios mudaram para fichas, porque cada imóvel, a cada movimentação dele, estava sempre numa mesma ficha. A ideia agora é trazer tudo para o computador e tornar o sistema mais organizado.
A ferramenta promete acelerar os serviços dos cartórios, como emissão de certidões, e ajudar no combate à grilagem de terras e ao desmatamento, diz a entidade responsável por transformar a base imobiliária brasileira em eletrônica.
Fonte: https://g1.globo.com/